Integração entre Saberes: Emescam Realiza Sessão de Educação Interprofissional com Foco em Cuidados Paliativos e Saúde do Idoso

Por Anny Freire

A Emescam retomou neste semestre uma de suas atividades mais relevantes para a formação integrada de profissionais da saúde: a sessão de Educação Interprofissional (EIP). Realizado no dia 7 de maio, o encontro reuniu alunos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Serviço Social para a discussão conjunta de um caso clínico, com o tema “Ética e Cuidados Paliativos na Saúde do Idoso”.

Promovido semestralmente com a organização do NAPED (Núcleo de Acolhimento Pedagógico e Desenvolvimento), o EIP tem como objetivo estimular o trabalho em equipe e fortalecer a compreensão dos diferentes papeis profissionais no cuidado integral ao paciente. O EIP permite que o estudante vivencie, na prática, a construção coletiva de um plano de cuidado. É um processo que valoriza o olhar interdisciplinar e o diálogo entre saberes.

Nesta edição, os estudantes foram organizados em 11 grupos interprofissionais, com ao menos um aluno de cada curso e um professor facilitador. Quinze dias antes do evento, os participantes receberam o caso clínico com os objetivos e referências para estudo, elaborado por docentes indicados pelas coordenações dos cursos e alinhado em conjunto com o NAPED.

“É sempre uma excelente oportunidade participar desse momento de discussão. Fui aluno do EIP e hoje, como professor, vejo o quanto ele é enriquecedor, especialmente neste semestre com foco em bioética e cuidados paliativos. A troca entre os saberes amplia a visão dos estudantes e fortalece a formação para o cuidado humanizado”, destaca o professor Leonardo Gomes, do curso de Enfermagem.

Além de contribuir para a formação dos alunos, a atividade também impacta positivamente os docentes. Para a professora Maria Carolina Pereira, do curso de Fisioterapia, o EIP proporciona uma vivência rica para todos os envolvidos.

“É uma experiência marcante. A gente sai da zona de conforto e se aprofunda na atuação das outras áreas. É um exercício de escuta, empatia e aprendizagem mútua”, ressalta Maria Carolina.

A construção do caso clínico parte de uma escolha temática feita em conjunto pelas coordenações e o NAPED. Em seguida, os professores desenvolvem uma narrativa baseada em situações reais ou inspiradas na prática profissional. A partir disso, o caso é disponibilizado para os alunos, que têm o desafio de propor intervenções e estratégias de cuidado a partir da perspectiva de sua futura profissão.

“A sessão é o ápice de um processo que começa meses antes. O grande diferencial do EIP é mostrar na prática a importância da atuação conjunta. Os alunos recebem crachás com sua profissão designada e discutem o caso como se fossem uma equipe real de saúde. Isso reforça o senso de responsabilidade e o preparo para o mercado de trabalho”, completa Lilian Cristiane Moreira, também do NAPED.

Casos abordados em edições anteriores incluíram temas como cobertura vacinal infantil, abuso sexual na adolescência e neurologia, sempre com foco em questões éticas, sociais e clínicas. A cada semestre, o EIP reafirma sua importância como estratégia pedagógica que vai além do conteúdo técnico, promovendo o desenvolvimento de competências relacionais, éticas e colaborativas.

Um dos grandes ganhos dessa sessão é que muitos alunos se surpreendem ao descobrir, o papel dos diferentes cursos e em diversos contextos, o que promove aos estudantes a importância de uma equipe multidisciplinar dentro da área da saúde.
A sessão de Educação Interprofissional é mais do que um evento: é um espaço de construção de conhecimento coletivo, que prepara os futuros profissionais para atuarem de forma ética, colaborativa e centrada no paciente.