De aluno a pesquisador: a jornada acadêmica de um fisioterapeuta brasileiro na Austrália.

O sonho de estudar fora do país é comum entre muitos estudantes brasileiros, mas nem todos têm a oportunidade de realizar. No entanto, para o fisioterapeuta capixaba Eduardo Duarte Machado, essa oportunidade surgiu durante sua jornada acadêmica na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

Eduardo iniciou sua jornada acadêmica no segundo período do curso de fisioterapia, integrando o grupo de pesquisa da Emescam. Logo em seu primeiro ano, ele se voluntariou para participar do Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica (PIVIC) da instituição, desenvolvendo uma pesquisa sobre a qualidade de vida dos jogadores de rugby em cadeira de rodas.

Além disso, desde seu primeiro ano na faculdade, Eduardo também começou a se envolver com o Núcleo Acadêmico de Fisioterapia (NACAF), que lhe proporcionou um valioso aprendizado para sua formação profissional. “Tudo isso me preparou muito para os desafios que vinham pela frente”, afirma. 

E foi no segundo ano de faculdade que ele e a professora Mariângela tiveram a ideia de criar o projeto Rodopios e Piruetas, que se tornaria um marco em sua carreira acadêmica. “Com o Rodopios e Piruetas nós ganhamos o Prêmio Incubadora e eu fiz meu PIBIC (Projeto de Iniciação Científica), PIVIC (Projeto de Iniciação Científica Voluntária) e o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)”, comenta.

O projeto Rodopios e Piruetas se tornou um divisor de águas para Eduardo, pois “abriu meu caminho na pesquisa aqui na Austrália”, ressalta. Atualmente, ele está cursando doutorado na Australian Catholic University, com uma pesquisa sobre dança para crianças com paralisia cerebral. Além disso, ele também é professor na ACU e supervisor do estágio de pediatria, dividindo sua paixão pelo conhecimento com seus alunos.

No entanto, para chegar até aqui, Eduardo teve que enfrentar um grande desafio: a validação de seu diploma no exterior. “Eu tive que traduzir toda a matriz curricular da minha grade, em conjunto com o Setor Internacional da Emescam, e provar que o meu curso era compatível com o padrão dos cursos de fisioterapia na Austrália”, conta. Esse processo levou quase um ano, com tradução de documentos e validação da grade, mas ela afirma que valeu a pena. 

“Quando eu entrei no curso de fisioterapia eu já tinha uma ideia de que queria seguir na área da pediatria e dar aula na faculdade. Mas não imaginava o quanto eu iria aprender e crescer”, pontua. 

Eduardo é um exemplo de como a dedicação e a busca pelo conhecimento podem abrir portas e proporcionar oportunidades únicas na vida de um estudante. Sua jornada acadêmica na Emescam o preparou para a vida profissional, e com sua dedicação e persistência ele conseguiu realizar seus sonhos e é um exemplo para todos aqueles que desejam seguir o mesmo caminho.