Emescam reforça importância da formação humanizada na assistência a gestantes, parturientes e recém-nascidos
“A escuta ativa, o respeito às decisões da mulher e um ambiente acolhedor fazem toda a diferença nesse processo. Fortalecer essa abordagem é essencial para o sucesso da amamentação.”
Comemorado em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde marca, neste ano de 2025, o início de uma campanha global de um ano dedicada à saúde materna e neonatal. A data traz à tona uma pauta urgente no Brasil: a importância dos cuidados humanizados antes, durante e após o parto. Na Emescam, a formação de profissionais com esse olhar é um compromisso que atravessa a graduação, a pós-graduação e os programas de extensão na área da enfermagem.
Na Emescam, iniciativas como a pós-graduação em Enfermagem Obstétrica, o projeto de extensão e os programas Pró-Ame e PROHUMA, protagonizam esse movimento de fortalecimento da assistência humanizada.
Para o professor José Lucas Ramos, coordenador da pós-graduação em Enfermagem Obstétrica e do projeto PROHUMA, campanhas como essa são fundamentais para ampliar o acesso à informação de qualidade.
“Um dia de mobilização geral dá visibilidade a essa causa. Muitas mulheres ainda têm pouco acesso à informação segura e embasada. Achamos que todos estão bem informados por terem celular e internet, mas o algoritmo direciona o conteúdo de forma limitada. Pessoas com baixa escolaridade são as mais impactadas por desinformações”, alerta.
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta sérios obstáculos no atendimento à saúde da mulher e da criança.
“O principal desafio é garantir um pré-natal de qualidade. Parece simples, mas tem sido negligenciado, tanto pela precarização da atenção básica quanto pela formação deficiente de parte dos profissionais de saúde”, afirma o professor Lucas.
Ele destaca que a negligência nesta etapa aumenta o número de casos de sífilis gestacional, hipertensão, diabetes gestacional e outras complicações, impactando diretamente a saúde da mãe e do bebê.
“Além disso, as consultas de puericultura, fundamentais para o acompanhamento do recém-nascido, ainda são escassas”, complementa.
A Emescam prepara profissionais desde a graduação até a pós com foco em uma assistência ética, segura e humanizada. “Respeitar a complexidade que envolve a mulher durante a gestação e o parto é essencial. Nossa matriz curricular e estrutura de laboratórios favorecem essa formação integral, sempre baseada em evidências científicas”, explica Lucas.
Na pós-graduação em Enfermagem Obstétrica, os alunos vivenciam todas as etapas do cuidado, com mais de 150 horas de estágio em ambulatório próprio de pré-natal e em maternidades escola.
Por meio do PROHUMA, os estudantes da graduação em Enfermagem realizam plantões noturnos de 12 horas acompanhando partos e oferecendo suporte contínuo às gestantes.
“Humanizar é muito mais do que ser carinhoso. É garantir uma assistência não violenta, respeitar os desejos da mulher, oferecer métodos não farmacológicos para alívio da dor e promover a hora ouro, que é a amamentação na primeira hora de vida”, detalha Lucas. “Temos relatos emocionantes de mães que se sentiram acolhidas. Algumas ex-alunas foram até convidadas para aniversários e batizados”, conta.
A coordenadora do programa Pró-Ame, Bruna Brun, reforça que o aleitamento materno é um dos pilares da saúde materna e neonatal.
“O leite materno fornece todos os nutrientes essenciais para o bebê, protege contra infecções e ainda fortalece o vínculo materno-infantil. Para a mulher, amamentar reduz o risco de hemorragias pós-parto, câncer de mama e ovário, além de outras doenças crônicas”, explica.
No entanto, Bruna destaca os desafios enfrentados por muitas mães.
“A pega incorreta, a dor, a preocupação com a produção de leite e a falta de apoio social ou familiar são barreiras reais. Nosso projeto oferece orientação especializada, apoio emocional e informação para desconstruir mitos e fortalecer a confiança das mães”, afirma.
Bruna destaca ainda a importância do atendimento humanizado na amamentação. “A escuta ativa, o respeito às decisões da mulher e um ambiente acolhedor fazem toda a diferença nesse processo. Fortalecer essa abordagem é essencial para o sucesso da amamentação”, afirma.
Ela acredita que a campanha de um ano sobre saúde materna e neonatal pode contribuir significativamente para esse cenário. “Campanhas assim ajudam a levar informação de qualidade à população e quebram preconceitos e mitos. É preciso investir na capacitação de profissionais e ampliar os serviços de apoio à amamentação”, completa.
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