Por Anny Freire
Com mais de 1050 inscritos e mais de 500 trabalhos submetidos, a Jornada Acadêmica da Emescam (JAE 2025) mostrou mais uma vez que é um dos maiores e mais relevantes eventos científicos do Espírito Santo. Realizado ao longo de três dias, o encontro promoveu um ambiente de integração entre ensino, pesquisa, extensão, inovação e responsabilidade social.
Além da vasta programação acadêmica, o evento contou com atividades culturais, palestras, apresentações de trabalhos científicos, e momentos marcantes de debate sobre empreendedorismo, políticas públicas e mudanças climáticas. Pela primeira vez, a jornada também abrigou uma iniciativa inédita promovida pelo mestrado da Emescam: o evento “Diálogos: a Ciência com a Comunidade”, que aproximou alunos da educação básica da pesquisa científica e de discussões sobre políticas públicas.
Para a professora Ítala Maria, coordenadora de Pesquisa e do Mestrado da Emescam, o JAE representa muito mais do que um evento acadêmico: é uma oportunidade concreta de transformação social.
“Estar à frente de um evento como esse é fortalecer nosso compromisso com uma edição de qualidade e comprometida com a transformação social. Nossa jornada é um espaço vivo de troca, de circulação de ideias e de fortalecimento da cultura científica entre estudantes, docentes, pesquisadores e sociedade. Formar profissionais e pesquisadores é também abrir caminhos para que a ciência dialogue com os desafios do nosso tempo”, destacou a professora.
A jornada também é espaço de aprendizado prático para quem participa dos bastidores. A estudante Thaynara Guimarães, do 3º período de Fisioterapia, falou sobre a experiência de estar na organização do evento: “Está sendo bastante divertido e enriquecedor. Aprendi muito com nosso orientador, Fernando, e pude entender como tudo funciona por trás. Isso agrega no currículo e no nosso conhecimento, pois temos contato com muitas apresentações e aprendemos a trabalhar em equipe”, afirmou.
Um dos destaques da programação foi a palestra do Gabriel Arpini, especialista em planejamento público e políticas de resiliência às mudanças climáticas. Ele abordou como as alterações no clima impactam diretamente a saúde da população, especialmente a mais vulnerável: “Estudar essa relação é essencial. A saúde de hoje já enfrenta desafios diferentes dos de cinco anos atrás. As mudanças climáticas estão acontecendo agora, e os profissionais em formação precisam estar preparados para lidar com esses novos cenários”, afirmou.
Um dos diferenciais da JAE 2025 foi a presença de alunos da rede estadual de ensino, que participaram de um concurso de iniciação científica com orientação de professores da Emescam. Para o professor Caio Falcão, da EMEF Ceciliano Abel de Almeida, ver seus alunos participando de um evento acadêmico em uma instituição de ensino superior é uma experiência transformadora:
“É interessante para eles entenderem a potencialidade da educação. Quando eles veem pessoas mais próximas como referência, isso ajuda a projetar o próprio futuro. Participar de um evento científico bem estruturado contribui para a construção pessoal e profissional deles.”
As estudantes Maria Clara e Maria Rosa, alunas da segunda série do ensino médio, apresentaram um trabalho sobre a perda auditiva em adolescentes causada pelo uso excessivo de fones de ouvido: “A maioria das pesquisas sobre isso são feitas com adultos ou idosos, então resolvemos investigar os riscos para adolescentes. Participar de um evento assim é emocionante. Dá um pouco de nervosismo, mas o sentimento principal é gratidão. É uma oportunidade enorme que estamos vivendo”, relataram.
Sobre incentivar outros jovens a pesquisarem, Maria Clara foi direta: “Siga suas curiosidades e, se tiver uma oportunidade, agarre. Só depende de você.”
A banca avaliadora contou com especialistas de diversas áreas, como a assistente social Bárbara Leite, a nutricionista e pós-doutoranda Tamires Santos Vieira, e a mestre em Saúde Pública Daniele Grillo, da Secretaria de Estado da Saúde.
As avaliadoras ressaltaram a importância de plantar a semente da pesquisa científica ainda na escola: “Estamos aproximando a ciência de jovens que precisam de informação de qualidade. A jornada é uma iniciativa brilhante que pode transformar vidas e formar futuros pesquisadores”, afirmou Tamires Vieira.
“É um caminho árduo, mas que traz muitas recompensas. A mensagem para esses jovens é: mantenham essa chama acesa. Vocês são a possibilidade de transformação de uma realidade que queremos cada vez melhor”, concluiu Bárbara Leite.
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