Por Anny Freire
Com o tema “Não julgue, conheça”, a 4ª edição do evento promovido pelo Naped (Núcleo de Acolhimento Pedagógico e Desenvolvimento) da Emescam teve como pauta central o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O encontro, realizado neste mês de abril, destacou a importância da conscientização, da representatividade e do acolhimento de estudantes autistas no ambiente acadêmico e profissional.
Nesta edição, a convidada especial foi a Dra. Eliane Gueller, médica nutróloga que recebeu o diagnóstico de autismo na vida adulta. Com uma fala sensível e repleta de vivências, ela compartilhou sua trajetória e os desafios enfrentados ao longo da carreira, além de abordar a sua atuação na área da nutrologia voltada para pessoas com TEA, especialmente nos casos de seletividade alimentar.
“Comecei a me envolver mais com o autismo depois do meu próprio diagnóstico. Eu já tinha uma especialização em nutrologia e percebi que muitos pacientes autistas apresentam alterações alimentares específicas. Isso me motivou a estudar mais sobre o tema, fiz cursos e hoje estou finalizando uma pós-graduação em medicina integrativa do autismo”, explicou.
Além dos aspectos clínicos, Dra. Eliane enfatizou a importância da inclusão e do acolhimento dentro das instituições de ensino. Segundo ela, muitas pessoas recebem o diagnóstico de autismo já na faculdade e enfrentam desafios diante de um novo nível de exigência e sobrecarga.
“A maioria das universidades ainda está em processo de adaptação. É preciso mais do que incluir, é necessário acolher. São alunos que, com pequenos ajustes, podem ter uma grande melhora na qualidade de vida acadêmica. E mais: estamos formando profissionais da saúde que futuramente atenderão pessoas autistas. É essencial prepará-los para isso”, ressaltou.
A representatividade de pessoas com TEA em espaços de destaque, como a medicina, também foi um ponto central da palestra. Dra. Eliane destacou que, embora seu diagnóstico tenha vindo após a formação, ela percebe a diferença que sua história causa em outras pessoas, principalmente em pais de crianças recém-diagnosticadas.
“Muitos pais têm medo de que os filhos não consigam ter uma vida independente ou uma carreira. Quando veem autistas ocupando esses lugares, isso gera esperança e abre portas para o diálogo. Hoje conhecemos muito mais sobre o autismo, o que falta é perder o preconceito. Ter o diagnóstico é, na verdade, um ganho — é como receber um manual de instruções do próprio corpo e mente”, ressaltou.
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